Crédito: Luciano Siqueira/ Portuguesa
O que deveria ser uma decisão – costumária – de arbitragem em relação à falta sofrida por David no primeiro tempo, categorizada como pênalti pelo árbitro, se transformou na entrada de parte da equipe da Polícia Militar presente em campo.
Com a justificativa de conter os jogadores que estavam em desacordo sobre o lance, uma das autoridades se referiu ao zagueiro Vinícius Machado de forma intimidadora, utilizando termo racista, segundo relato do jogador, dos colegas em campo e da torcida presentes.
Durante o debate, o PM puxou o braço do jogador para retirá-lo de campo e foi questionado sobre o atleta. Ele então relatou o ocorrido ao delegado da partida.
Ao voltar para o campo, o policial começou a ameaçá-lo: “Eu acho você onde você estiver aqui, vou lá no vestiário e pego você”. O jogador questionou porque estava sendo ameaçado e o PM respondeu, sacando as algemas: “Eu te dou voz de prisão. Você está me desacatando. Eu te prendo nego”.
O mesmo solicitou ser substituído, uma vez que foi vítima de racismo e não estaria apto mentalmente para continuar na partida. Com apoio da diretoria e comissão técnica, as devidas providências estão sendo tomadas. “O corpo jurídico da Associação Atlética Portuguesa está tomando as medidas extrajudiciais e posteriormente as judiciais cabíveis, repudiando veemente as atitudes desabonadoras tomadas em campo por aqueles que deveriam impedir qualquer ato que contraria o princípio moral e dos bons costumes”, afirma o advogado Helton Celin.
O clube se posicionou contra o racismo em nota enviada à imprensa e através das redes sociais.