PC-MS
Uma das ‘irmãs do crime’, identificada como Juma Yara de Souza Silva, integrante de quadrilha que realizou assaltos em shoppings de Campo Grande, Dourados e outros estados, foi presa esta semana, em São Paulo. As mulheres usavam um dispositivo eletrônico que copiava a frequência das portas das lojas.
Segundo informações da Polícia Civil de São Paula, Juma foi localizada em Itaim Paulista, distrito da Zona Leste de São Paulo, e não ofereceu resistência. Os furtos foram cometidos nos meses de junho e julho de 2023, causando um prejuízo de mais de R$ 200 mil aos lojistas.
A transferência da indiciada deverá ser decidida entre os Poderes judiciários dos dois estados, caso seja vislumbrada a necessidade pelo juiz criminal, tendo em vista que ela já foi denunciada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul.
RELEMBRE O CASO:
Nos dias 16 e 17 de junho de 2023, uma loja de óculos do Shopping Campo Grande e outra de celulares do Shopping Norte Sul, respectivamente, foram furtadas logo após fecharam ao fim do dia. Conforme as imagens de monitoramento das lojas e dos shoppings, um grupo de ao menos quatro mulheres, de modo dissimulado, acompanhou o momento do fechamento das portas eletrônicas das lojas, quando capturaram o sinal do controle remoto utilizando um dispositivo eletrônico de decodificação de sinal.
Na sequência, abriram as portas das lojas para que duas delas entrassem e, em seguida, fecharam novamente. As que entraram subtraíram o máximo de produtos expostos, colocando-os em uma bolsa, enquanto as outras, de fora, observavam o fluxo dos seguranças passando informações por telefone às comparsas que estavam no interior do comércio. Por fim, abriram as portas com o mesmo dispositivo e deixaram os shoppings.
Em posse das imagens das câmeras de segurança, reconhecimento por testemunhas e outros mecanismos de investigações específicos, a DERF – Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos, identificou parte do grupo criminoso possibilitando a representação por decretação da prisão preventiva delas. Após parecer favorável do Ministério Público, o pedido foi deferido pelo Poder Judiciário, por terem sido reunidos indícios suficientes de autoria. O outro mandado de prisão foi expedido pela Vara Criminal de Dourados após representação da 2ª Delegacia do município.
As autoras também são investigadas por outros estados da federação, onde cometeram a mesma prática criminosa.