Créditos: Agência Brasil
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta quarta-feira (17) que o acordo feito pelo governo e diversas bancadas da Câmara dos Deputados, incluindo a oposição, permitirá a aprovação da urgência do projeto do Novo Marco Fiscal com até 350 votos.
Durante discurso em audiência promovida por três Comissões da Câmara, Fernando Haddad elogiou o trabalho do relator da proposta do Marco Fiscal, Claudio Cajado, do Progressistas da Bahia, e enfatizou que a ideia é obter uma votação expressiva para mostrar à população que o Congresso está despolarizado.
“Quando você tem uma casa, com 513 parlamentares com visões diferentes, o relator fez um trabalho para tentar buscar aquele centro expandido para obter o resultado pretendido. Não apenas os 257 votos, mas um espaço maior, de 300 ou 350 votos, para sinalizar ao país que estamos despolarizando o país”, afirmou Haddad.
A Câmara vai realizar sessão em plenário às 13h55. O primeiro item da pauta é o requerimento de urgência da proposta do novo arcabouço fiscal. A aprovação da urgência permite a votação da proposta do novo arcabouço fiscal, na semana que vem, sem a necessidade de passar antes por comissões.
Na terça-feira (16), o relator do projeto do Novo Arcabouço Fiscal na Câmara dos Deputados, Claudio Cajado, do Progressistas da Bahia, se reuniu ontem com parlamentares da base do governo e membros da oposição. Em coletiva de imprensa na Câmara dos Deputados, Claudio Cajado enfatizou que o novo arcabouço vai equilibrar as contas públicas, pavimentando o caminho para a redução da taxa de juros, fixada em 13,75%, sem afetar programas sociais, como o Bolsa Família, e o aumento real do salário mínimo, uma vez que, segundo ele, são despesas obrigatórias.
Esta semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu duas vezes com o relator da proposta do novo marco fiscal e com lideranças da Câmara, incluindo o presidente da Casa, Arthur Lira, do Progressistas de Alagoas. A expectativa da base governista é a de que o Congresso Nacional aprove o novo marco fiscal ainda no primeiro semestre deste ano.
Em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, o ministro chefe da Secretaria das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), classificou como positiva a reunião que teve com a bancada do MDB para discutir a proposta do novo marco fiscal, e garantiu que o partido irá votar unido na urgência da matéria e no mérito.
Padilha detalhou, ainda, que a proposta apresentada pelo relator, Cláudio Cajado, do Progressistas da Bahia, é equilibrada e combina responsabilidade social com responsabilidade fiscal.