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Mato Grosso do Sul, 13 de fevereiro de 2025
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Escândalos de corrupção em Sidrolândia não param, Claudinho Serra fraudou até nota fiscal de iPhone para assessora

De acordo com as investigações, a aquisição de um iPhone para a funcionária teria sido aprovada por Claudinho Serra.

(PIC; Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

O grupo criminoso instalado em Sidrolândia chefiado pelo parlamentar não tinha limites, as investigações do MPE (Ministério Público Estadual) apontaram que o vereador campo-grandense Claudinho Serra (PSDB), que está preso desde o dia 3 de abril, mandou fraudar a nota fiscal da compra de um iPhone de última geração para uma assessora. pagou o smartphone com dinheiro desviado da Prefeitura do município, que tem como prefeita Vanda Camilo (PP), sogra de Claudinho Serra.

O evento exemplifica como a prática frequente de utilizar notas fiscais falsas e com sobrepreço tornou-se habitual para a máfia liderada por Claudinho Serra.

Naquela época, ele ocupava o cargo de secretário da fazenda na cidade, onde sua sogra, Vanda Camilo (PP), ainda é prefeita. Atualmente, como vereador do PSDB em Campo Grande, está detido e enfrenta acusações por chefiar um esquema de desvio de verbas na Prefeitura de Sidrolândia.

Seguindo as informações do PIC (Procedimento de Investigação Criminal) do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), o grupo teria falsificado notas fiscais com informações falsas da empresa 3M Produtos e Serviços para satisfazer o desejo da funcionária pública que queria um iPhone.

A empresa é de propriedade de Milton Matheus Paiva Matos, também atualmente preso. Os promotores afirmam que a compra teria sido realizada “sob ordens e/ou com a aprovação” de Claudinho Serra, que naquela época ocupava o cargo de secretário municipal da Fazenda.

(Reprodução, PIC)
(Reprodução, PIC)

No dia 20 de setembro de 2022, Milton Matos e Tiago Basso da Silva, ex-funcionário exonerado que fez acordo de delação premiada, começam a negociar a compra de um iPhone 13 Pro Max com 128 GB para a assessora. Milton então avisa Tiago que o celular está pronto para ser entregue, enviando fotos do aparelho e combinando a entrega para as 18h. No mesmo dia, Tiago avisa Claudinho Serra às 18h06 que já estava com o iPhone em mãos.

Em uma das mensagens destinadas ao vereador do PSDB em Campo Grande, Tiago diz: “Tá na mão chefe”. Claudinho, por sua vez, promete entregar o aparelho para a assessora no dia seguinte. Em 23 de setembro, a assessora procura Tiago Basso para exigir a entrega do iPhone.

(Reprodução, PIC)

Posteriormente, Tiago comunica a Claudinho Serra que a servidora solicitou a entrega do aparelho, porém ele teria deixado com outra pessoa responsável por entregá-lo ao vereador.

No mesmo dia, Milton Paiva entra em contato com Tiago Basso para informar que o valor do aparelho foi de R$ 7 mil, sendo R$ 6.750 pelo aparelho em si e R$ 250 pelo carregador, além dos custos com gasolina. “Milton Matos solicita a Tiago verificar a possibilidade de conseguirem uma margem de 65% como adiantamento. Verifique o que consegue para nós”, pede sobre a “margem de lucro planejada”.

Em 4 de outubro, Milton encaminha seis notas fiscais emitidas pela empresa 3M (com diversos produtos), totalizando R$ 10.067,85, o que representa cerca de 50% de margem de lucro, sugerindo que essas notas possam ter sido utilizadas como forma de pagamento do celular destinado à servidora, conforme a investigação revela.

A assessora mencionada nas investigações não foi detida ou alvo de busca e apreensão. A servidora afirmou que o aparelho nunca foi utilizado para fins pessoais.

“Esse celular não me pertence, não está sob minha posse e nunca o utilizei para fins particulares. O aparelho continua lá sendo usado exclusivamente para atender às demandas da prefeitura”, explicou.

(Reprodução, PIC)

Além disso, a assessora afirma que não tinha ciência da alegada ‘manipulação’ durante a etapa de licitação.

“Quanto à alegação de fraude na licitação para a aquisição do aparelho, desconheço completamente como isso ocorreu. Como não sou responsável pela parte técnica das licitações, não tenho conhecimento dos procedimentos utilizados. Meu nome foi mencionado porque solicitei o celular, porém, em nenhum momento foi para uso pessoal e muito menos para fraudar qualquer processo licitatório”, completou.

(Reprodução, PIC)

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