(Alicce Rodrigues, Midiamax)
Nesta terça-feira (9), os vereadores da Câmara Municipal de Sidrolândia, aprovaram de forma unânime o pedido de esclarecimentos da prefeita Vanda Camilo (PP) sobre a Operação Tromper, apresentado pela vereadora Cristina Fiuza (MDB), que também é vice-presidente da Casa.
O pedido da vereadora foi aprovado após pressão dos manifestantes, que estava presentes na Sessão Ordinária, todos os parlamentares da Casa votaram a favor do requerimento, totalizando 14 votos favoráveis e nenhum contrário. Na véspera da primeira sessão pós-operacional, a prefeita se reuniu com os vereadores de sua base e compartilhou o encontro nas redes sociais.
Durante a sessão realizada no plenário municipal, a população sidrolandense pediu posicionamento dos vereadores da oposição e da base da prefeita, os eleitores também querem explicações dos escândalos de corrupção na administração de Vanda Camilo, que envolve o seu genro Claudinho Serra e seu secretariado.
Manifestação que gerou até bate boca entre o Vereador Cledinaldo Cotócio e manifestantes que ali se encontravam, vereador disse estar ‘c*gando’ para a população ao ser questionado sobre o Projeto de Lei do Executivo Municipal que autoriza o Poder Executivo a efetuar a doação de um bem imóvel à empresa Inpasa, aprovado por 10 votos a 5 na sessão.
Vanda escapou de Comissão
No ano passado, em outubro, devido à Operação Tromper, o relatório final da CPI que citava a prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo, recomendou a abertura de uma Comissão Processante devido a possíveis irregularidades e suspeitas de improbidade administrativa.
O relatório identificou problemas em três contratos, como danos ao erário, direcionamento e obras não realizadas. Apesar disso, Vanda não foi investigada na época, já que contava com o apoio da maioria dos vereadores na Câmara Municipal.
Operação Tromper
Conforme as investigações do Grupo Especial do Ministério Público, a existência de uma organização criminosa especializada em fraudes em licitações e contratos administrativos ficou evidenciada nas apurações, que tem como alvo a Prefeitura de Sidrolândia.
Ainda, entre as ações da organização, o GECOC cita a prática do pagamento de propina feitos a agentes públicos municipais, além da identificação de um “braço” do esquema que envolvia atuação no ramo de engenharia e pavimentação asfáltica.
Também, o Ministério Público aponta que os contratos já identificados e objetos da investigação alcançam o montante aproximado de R$ 15.000.000,00.
Nas etapas iniciais da Operação Tromper, os agentes conduziram uma averiguação sobre atos ilícitos na administração pública de Sidrolândia. Foi constatada, de acordo com o Gecoc, uma espécie de conluio entre empresas que concorreram em processos licitatórios e celebraram acordos para prestação de serviços com a Prefeitura local, os quais totalizam quantias vultosas.
Conforme as investigações continuaram, também se averiguou a presença de um grupo criminoso focado em fraudes em concorrências e desvio de recursos públicos, além do suborno a servidores públicos, inclusive em troca de informações confidenciais do governo municipal.