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Mato Grosso do Sul, 13 de outubro de 2024
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Nota da Prefeita de Sidrolândia causa estranheza em alguns cidadão depois da Operação Tromper pelo Gaeco

Empresa alvo do Gaeco faturou R$ 2,3 milhões de prefeitura em 5 meses

Empresa envolvida no escândalo mantém dezenas de contratos com a prefeitura de Sidrolândia, além de garantir contratos que somam o montante de R$ 900 mil no intervalo de apenas quatro dias, a empresa Rocamora Serviços de Escritório Administrativo Eirelli já faturou R$ 2,3 milhões da prefeitura do município, desde o dia 1º de janeiro de 2023. Os valores constam nas despesas da prefeitura lançadas no Portal da Transparência do município.

A empresa foi alvo da Operação Tromper, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) ontem quinta- feira 18 de maio com objetivo de desmontar esquema de fraude em licitações que estava em operação há seis anos na cidade, segundo as investigações.

Em apenas um dos contratos, a Rocamora já recebeu R$ 1,5 milhão para fornecimento de materiais e serviços como instalação elétrica, material de copa e produtos de higiene. O mais recente, publicado hoje, prevê itens como agenda, carimbos, bloco de recados, pasta e grampeador. Pelos materiais, a prefeitura pagou R$ 301.065,48 mil à empresa Rocamora.

Outro contrato, também formalizado por meio de ata de registro de preço, foi assinado na segunda-feira (15). A empresa recebeu R$ 571.753,86 mil para fornecer 250 aparelhos de ar-condicionado para a prefeitura. Já na semana passada, outro contrato firmado pelo município com a Rocamora. Dessa vez, a empresa levou R$ 20,9 mil para fornecer 1.125 mil unidades de cobertor, modelo manta de casal microfibra. A contratação foi publicada na sexta (12).

Os dois primeiros contratos, de maior valor, foram assinados pela prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP), em nota a prefeita faz esclarecimento, porém isso está causando estranheza em alguns cidadão e em alguns veículos de comunicação.” Como ela assinou recentemente contratos com a empresa e não percebeu o que estava acontecendo, como isso passou desapercebido pela administração da prefeitura”.

Nota de esclarecimento

”Tomei conhecimento, por meio da imprensa, sobre a operação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAEGO) em nossa cidade, e estou acompanhando atentamente o desdobramento dessa situação.

Como prefeita, é meu dever zelar pela integridade e bem-estar de nossa comunidade, bem como pela transparência e legalidade de todas as ações realizadas em nossa gestão. Por essa razão, vamos aguardar o deslinde da operação para adotar as providências e prestar os esclarecimentos necessários à população, de forma responsável e imparcial.

Enquanto isso, a rotina de trabalho administrativa em todas as secretarias seguem normal. Continuarei me dedicando ao cumprimento de minhas atribuições como prefeita, empenhando-me em buscar soluções para os desafios e demandas que nossa cidade enfrenta.

Reafirmo meu compromisso com a ética, a transparência e a justiça, valores que sempre nortearam minha trajetória política”.

O Gaeco descobriu que para “esquentar” o esquema, os integrantes abriam empresas de fachada, registravam CNPJ e até usavam cadastros já feitos para legitimar as contratações.

Ainda não há informações do montante desviado pelo esquema. As empresas contratadas pelas licitações, segundo o Gaeco, não tinham experiência, estrutura ou capacidade técnica para executar os serviços contratados ou fornecer os itens comprados.

As investigações concluíram que esquema de corrupção instalado na prefeitura desde 2017, na gestão de Marcelo Ascoli (PSL), operou crimes de peculato, falsidade ideológica, associação criminosa, sonegação fiscal e fraude às licitações.

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