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Mato Grosso do Sul, 15 de outubro de 2024
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Zelensky visita Polônia enquanto aliados ampliam apoio militar 

Países do Ocidente intensificam ajuda no momento em que as tropas russas mantêm esforços na batalha para tomar a cidade oriental de Bakhmut

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, durante sua reunião em Varsóvia, Polônia, em 5 de abril de 2023. (Foto de Jakub Porzycki/NurPhoto via Getty Images)Jakub Porzycki/NurPhoto via Getty Images

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, visitou a Polônia nesta quarta-feira, após o mais recente anúncio de ajuda militar dos Estados Unidos e no momento em que as tropas russas mantêm esforços na batalha para tomar a cidade oriental de Bakhmut. 

Zelensky planeja agradecer a seus aliados poloneses, que têm fornecido armas vitais para a Ucrânia desde a invasão da Rússia e acolheram milhões de refugiados ucranianos. 

Enquanto isso, o presidente francês, Emmanuel Macron, estava visitando a China depois que ele e o presidente dos EUA, Joe Biden, concordaram que tentariam envolver Pequim para acelerar o fim do ataque russo à Ucrânia, que está em seu segundo ano. Pequim pediu um cessar-fogo abrangente e descreveu sua posição sobre o conflito como “imparcial”. 

Os EUA prometeram na terça-feira mais 2,6 bilhões de dólares em assistência militar para o governo de Zelensky, incluindo três radares de vigilância aérea, foguetes antitanque e caminhões de combustível, levando a ajuda militar prometida do país à Ucrânia a mais de 35 bilhões de dólares. 

A embaixada de Moscou em Washington acusou os EUA de querer prolongar o conflito o máximo possível, segundo a agência de notícias russa TASS. 

O Ocidente intensifica a ajuda enquanto as forças ucranianas se preparam para montar uma contraofensiva no leste diante das forças russas, embora não tenha sido divulgado exatamente quando isso pode começar. 

A Espanha disse que seis tanques Leopard 2A4 que prometeu enviar para a Ucrânia deixarão o país na segunda quinzena de abril, mais tarde do que o planejado inicialmente. A Espanha também treinou 40 tripulantes de tanques e 15 mecânicos em uma base militar na cidade de Zaragoza, no nordeste do país. 

Outros países da Otan, incluindo Alemanha, Polônia e Portugal, prometeram enviar um total de 48 tanques Leopards 2 para a Ucrânia. 

O foco do campo de batalha permanece em Bakhmut, uma cidade de mineração e centro de transporte na periferia da província de Donetsk em grande parte sob controle russo. Ambos os lados sofreram pesadas baixas e grande parte da cidade foi reduzida a ruínas após meses de combates e bombardeios. 

Perto da cidade de Niu-York, 50 quilômetros ao sul de Bakhmut, soldados ucranianos em abrigos lamacentos disseram repelir ataques russos diariamente. 

“Eles se aproximam, atiram e tentam nos exaurir. Depois avaliam a situação e podem avançar um pouco mais”, disse à Reuters o comandante da unidade de infantaria, pedindo para ser identificado como “Bodia”. 

“Enquanto isso, tentamos deixá-los se aproximar de nós para que possamos atingi-los com mais precisão.” 

Os comandantes militares ucranianos têm enfatizado a importância de manter Bakhmut e outras cidades e infligir perdas antes da contraofensiva prevista. 

O Estado-Maior ucraniano disse em um relatório: “Não houve trégua nas ações inimigas destinadas a invadir a cidade de Bakhmut. Pelo menos 20 ataques inimigos foram repelidos apenas aqui nas últimas 24 horas.” 

Mercenários do grupo russo Wagner – que lidera o ataque a Bakhmut – disseram no fim de semana que capturaram o centro da cidade, uma alegação rejeitada por Kiev. 

O Instituto para o Estudo da Guerra, com sede nos EUA, afirmou que os combatentes Wagner fizeram avanços em Bakhmut e provavelmente continuarão tentando consolidar o controle do centro da cidade e avançar para o oeste através de áreas urbanas densas. 

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