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Mato Grosso do Sul, 14 de dezembro de 2024
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Rei de Espanha denuncia “violações sistemáticas dos direitos” no Médio Oriente e na Ucrânia

O monarca delegou a entrega dos Prémios Princesa das Astúrias deste ano à Princesa Leonor, que proferiu o discurso de louvor aos laureados, entre eles, o artista Joan Manuel Serrat e a jogadora de badminton Carolina Marín.

O Rei Felipe VI de Espanha alertou esta sexta-feira, durante a cerimónia de entrega dos Prémios Princesa das Astúrias, para os riscos da “desumanização” e da “negação dos outros devido às suas convicções ou crenças”, ao mesmo tempo que elogiou os laureados por lembrarem que no centro de “qualquer discurso, ação ou decisão” deve estar sempre “a pessoa”.

Foi desta forma que o monarca espanhol se expressou no evento realizado no Teatro Campoamor, em Oviedo, no qual partilhou a sua “emoção” por entregar pela primeira vez à sua filha, a princesa Leonor, a responsabilidade de proferir o discurso de louvor aos galardoados, um “grande privilégio e uma aprendizagem” que o Rei leva a cabo há 40 anos.

Depois de se referir ao “denominador comum” entre os galardoados com “uma única ideia ou conceito” exemplificado pela “pessoa”, Felipe VI referiu-se aos “graves riscos” da “polarização” e pronunciou-se contra “a negação dos outros por causa das suas convicções ou crenças; porque pensam, rezam ou votam de forma diferente”.

chefe de Estado espanhol aludiu, a este respeito, às “violações sistemáticas dos direitos humanos” no Médio Oriente, na Ucrânia, em África e noutros locais, que obrigam, acrescentou, a “um apelo incessante à contenção e à humanidade”. O monarca apelou ainda à coexistência, “ou pelo menos à convivência”, e a “denunciar e fazer o possível” pela “paz e segurança”.

Pela primeira vez, a Princesa Leonor fez o seu discurso de elogio aos galardoados.

A Princesa Leonor, por sua vez, elogiou os premiados e sublinhou que representam “a emoção da esperança”, perante o desânimo e o ceticismo. “O sentimento que nos mostra que as coisas podem melhorar, que há sempre uma fenda por onde pode entrar a luz. É esta a esperança que os galardoados nos transmitem”.

Elogiou o trabalho de, entre outros, Ana Blandiana, que contou “o que aconteceu nas prisões da ditadura comunista no seu país, a Roménia”, e Carolina Marín, de quem salientou “a coragem” mas também a “atitude perante a adversidade e o triunfo que define uma grande desportista”. Quanto ao artista Joan Manuel Serrat , elogiou “o seu empenhamento na democracia e na transparência”. Sobre a Agência Magnum, salientou que o seu fotojornalismo “aguça o olhar audaz e verdadeiro, conferindo independência aos seus fotógrafos e dando à história a marca dos factos”.

gala foi animada pela música do compositor Joan Manuel Serrat e um dos discursos mais comoventes foi o de Ana Blandiana, que falou de como a poesia pode salvar o mundo (como viu nas prisões da Roménia): “Quando as últimas moléculas de liberdade se escondiam na poesia, as pessoas sufocadas pela repressão procuravam-nas, encontravam-nas e respiravam-nas para sobreviver“.

Quem são as estrelas dos Prémios Princesa das Astúrias 2024?

  • Joan Manuel Serrat, Prémio Princesa das Astúrias para as Artes
  • Marjane Satrapi, Prémio Princesa das Astúrias da Comunicação e Humanidades
  • Carolina Marín, Prémio Princesa das Astúrias do Desporto
  • Michael Ignatieff, Prémio Princesa das Astúrias de Ciências Sociais
  • Ana Blandiana, Prémio Princesa das Astúrias de Literatura
  • Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, Ciência e Cultura (OEI), Prémio Princesa das Astúrias de Cooperação Internacional
  • Daniel J. Drucker, Jeffrey M. Friedman, Joel F. Habener, Jens Juul Holst e Svetlana Mojsov, Prémio Princesa das Astúrias de Investigação Técnica e Científica
  • Magnum Photos, Prémio Princesa das Astúrias da Concórdia

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