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Mato Grosso do Sul, 8 de dezembro de 2024
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Ministro israelense diz que protesto pode afetar reforma do Judiciário

Reservistas da Força Aérea se recusam a apresentar para o serviço
Protesto em Tel Aviv 18/7/2023 REUTERS/Nir Elias

O governo israelense pode repensar sua campanha polarizadora para reformar o Judiciário se houver uma grande escalada nos protestos, disse o ministro da Cultura, Miki Zohar, nesta quarta-feira (19).

Com uma emenda contestada que limitaria os poderes da Suprema Corte marcada para ratificação no próximo domingo (23) e segunda-feira (24), os protestos se intensificaram e agora incluem alguns reservistas da Força Aérea que se recusam a se apresentar para o serviço – um possível abalo na segurança de Israel enquanto as frentes palestina e libanesa fervem.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por telefone na segunda-feira, que o projeto de lei seria aprovado conforme planejado, mas que ele buscaria “amplo consenso” para quaisquer reformas adicionais, disse o conselheiro de segurança nacional de Israel, Tzachi Hanegbi.

Próximo de Netanyahu, o ministro Miki Zohar manifestou um raro reconhecimento do impacto das manifestações de seis meses, que começaram em março depois que o primeiro-ministro demitiu o ministro da Defesa de Israel por expressar abertamente preocupação com o impacto sobre os militares.

Netanyahu recuou na saída de Yoav Gallant e suspendeu a legislação para permitir negociações de compromisso com a oposição. Ele declarou isso infrutífero no mês passado e retomou o projeto de lei que limita os poderes da Suprema Corte em anular algumas decisões do governo.

“Se as manifestações atingirem uma escala que foi vista, entenderemos que as coisas foram longe demais”, disse Zohar à rádio Kan.

Não ficou claro, no entanto, se isso poderia ocorrer.

Os defensores da mudança buscada pela coalizão religioso-nacionalista de Netanyahu dizem que a Suprema Corte se tornou muito intervencionista e que a medida facilitará a governança eficaz.

Os opositores dizem que isso enfraquecerá a Suprema Corte, que – em um país que não tem Constituição e um Parlamento de uma câmara dominado pelo governo – tem um papel vital na proteção dos direitos e liberdades civis.

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